Envolvido na fumaça fedorenta e cheia de nicotina e mais 4 mil venenos, eu ia pensamento afora na quantidade de dívida que teria de quitar no próximo dia da tortura nacional, o dia do recebimento. O Gosto do cafezinho ainda confortava meu estômago feliz, e quem pagava o pato era o pulmão. Mas era minutinhos de descanso do meu trabalho e eu tinha a porta principal da entrada do posto de Saúde Especializado como território livre para escapar a perseguição atróz aos fumantes, uma verdadeira caça as bruxas (e aos bruxos). Tragando suavemente o paraguaio envenenado me percebi de uma voz esganiçada, ao me voltar dei de cara com uma Mulher descabelada a gritar com uma menina assustada de olhos arregalados, de repente deu um tapa, do tapa ao carro/ambulância parado naquela porta, a cabecinha daquela garota de uns 5 anos bateu e voltou, a mulher agarrou-a pelos cabelos fechou a mão e deu três tremendos murros nas costas daquele ” gigante” de menos de meio metro.
Manos!!! Vocês já viram um cego, tetraplégico sendo agredido pelas costas?
Ah então compreendam o sentimento de todos ali presentes.
A Mulher notando a atenção que era alvo, gritou a plenos pulmões
- Sou a mãe dela.... FUI EU QUEM PARIU
Era isso mano o que todos pensaram na hora PUTA QUE O PARIU. Mas isso era injusto com as Putas, aquele monstro não tem comparação em paralelo aqui neste planeta, a não ser os odientos marginais assassinos que vemos nos noticiários televisivos em crimes hediondos.
Esqueci o prazer de fumar depois de um cafezinho, das dívidas, de Governos enganosos, de povos ludibriados e etc. Só me lembrei de dizer aquele monstro que se tocasse novamente naquela criança eu ia denunciar e prendê-la ali mesmo. Pasmem a criança nem chorava, sentada num banco de espera ao lado olhava espantada para a discussão que ora se gerou com todos os presentes, e Pasmem mais ainda, tinha a dita senhora advogado de defesa, certamente um dos candidatos a Direitos Humanos em promoção ou advogado de PCC.
Passado o Episódio fiquei sabedor pelos funcionários, enfermeiros e etc. do Posto, que esta mulher era contumaz na façanha e sua filhinha era dita “Especial” quer dizer, deficiente mental ou coisa parecida, e que até então ninguém tinha levantado a Voz contra tal procedimento.
Pere aí manos é isso mesmo?!!!!!!!
Isto é que a grande maioria de nós faz? É isso mesmo? Medo de se envolver? Não temos mais alma, compaixão, sentimento algum?
Em que planeta estou? Em que tempo estou? Estarei em algum filme de ficção que eu assistia confortavelmente no Cine Ideal, sabendo que tudo acabaria na fita e eu voltava para casa, caminha quentinha, jantar quentinho, e mãezinha quentinha, que era só um filme, que não era real. É isso?
Fico pensando em três crianças na rodoviária, um dia inteiro e parte de uma noite na mesma posição, quietinhos e assustados, quando inquiridos, responderam que a mãe os mandara ficar ali quietos que ela voltaria em breve, este breve foi um dia a uma noite, ela não apareceu e eles obedeciam as instruções daquela que os traia, inocentemente. É fato, foi fato como este que vos contei acima.
Então a humanidade que assim se torna não temos mais a certeza de dizer que parte dela e talvez a maior é de gente de bem. Bam que eu vejo que ser gente de bem hoje em dia é não saber, não ouvir, não ver e se calar.
Quando liderança comunitária e via todos se fecharem em si, seu lar, sua família, ainda pensava nas decepções da política Brasileira que nunca prestou e sempre decepcionou desde que foi inaugurada a História do Brasil, não participavam de nada, mesmo sendo prejudicados e retirados seus direitos constitucionais. Medo de protestar, de se envolver.
Mas quando isso se transfere para o lado humano, este egoísmo faz a alma virar espírito de porco que me perdoe os porcos.
Não havendo sentimento, não há mais humanidade, só uma dita Civilização destinada ao suicídio coletivo em nome do egoísmo e falta de solidariedade e de amor ao próximo.
Que esta mãe seja uma louca ignorante, que venham a defendê-la, e a criança? Onde estão seus defensores? Tem a adulta, resultado da criação e vida passada o direito de espancar seu filho só porque “o pariu”? E o filho(a)? Não será o resultado de amanhã? A quem deverá satisfação esta garota?
Um Choro me atrai, saio de mim e me vejo chorando.
Torquato
Publicado no Recanto das Letras em 13/03/2010
Código do texto: T2135656
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POR: José Torquato de Barros Filhos, Publicitário, Escritor Amador, Líder Comunitário, resiente em Maceió/AL.
*** Fato Real, Testemunhado.
NOIVO AMADO
ResponderExcluirLi o texto e chorei, me fez lembrar do dia em que fomos ao Sanatório lembra? eu até escrevi aqui sobre este dia horrivel.
Tinha uma MÃE QUE É MÃE E LUTAVA PELO FILHO QUE ESTAVA MORRENDO e a funcionária gritando com ela e a xingando de tudo ao invés de ajudar. Aquela era MÃE... Esta para não tornar meu comentário em um texto circular porque minhas palavras serão quase iguais a do outro texto que comentei, AFIRMO COM AUTORIDADE: NÃO É MÃE, NÃO É MULHER, NÃO PODE SER CONSIDERADA GENTE, MAS UMA PARIDEIRA. Faço minhas as palavras de Ronnie, Fernando e Wadson. Sustentando o que disse no comentário do outro texto: A SOCIDEADE BRASILEIRA APODRECEU MESMO, pessoas que abandonam filhos ou os massacram de formas variadas, NÃO SÃO DIGNAS DE VIVER EM SOCIEDADE, de ter filhos. Filhos são Fruto e Amor entre duas pessoas que REALMENTE SE AMAM E EM NOME DESTE AMOR PLANEJAM SEUS FILHOS para que nada os falte, PRINCIPALMENTE VALORES MORAIS E ÉTICOS, BASE SÓLIDA FAMILIAR E MUITO, MUITO AMOR.
Te Amo
Ivete
Torquato, nosso Pai.
ResponderExcluirViemos apenas comemorar porque sabemos que fsotes cumprimentado por pessoas altamente intelectuais de nosso conhecimento, que lêeem este blog diariamente.
Este texto quase o vimos nascer, mas sempre que o lemos as Emoções mudam e mudam nossos pensamentos e reflexãoes.
Continue... SEMPRE!!!!
Abraço
Ro e Fer