MIRANDO
jTorquato
Cansei
de ficar sentado a beira do caminho
Deste
caminho que a cada dia que passa não vejo fortuna no horizonte,
Neste
Caminho onde vejo passar gordas contas em bolsos corruptos,
O
mesmíssimo caminho onde a justiça vem atrás, lenta e incapaz, driblando
buracos.
Ladeando
a justiça, homens com sacolas de dinheiro a comprar a dignidade de Juizes.
Eu
os vejo passar, palitando meus cacos de dentes, dando milho as galinhas, Zeca
Tatuzando.
Uma
multidão de mutilados morais segue na procissão dos aloprados, corruptos.
Incendiários
que matam ao roubar a merenda, os remédios, os salários dos funcionários, dos
profissionais, passam logo em seguida sempre trocando cheques nominais de
governo para cheques ao portador corrupto. Caminhões com mais de cinco eixos,
gemem na estrada, no caminho, levantando poeira sob o peso enorme das cédulas
de reais e dólares roubados ao povo brasileiro. No lado de cada carroceria o
Símbolo do poder corrupto, onde pintaram as pressas no vermelho e brando, o
logotipo do PT, sem apagar direito a cruz nazista, onde um fantasma de
bigodinho aparece dando risadinhas satânicas e mostrando a palma da mão
mumificada com apenas nove dedos.
Acocorado
a beira deste caminho Brasilis, vejo a flor do mato, nascendo sob escaldante
sol, linda e frágil, tão forte, tão cheirosa, tão ardente!!!!
Acocorado
a beira deste caminho Brasilis, vejo o regato cristalino rodando prensa
descendo rumo ao rio maior, e depois ao mar, editando manchetes e chamando o
povo a realidade, mas o povo mal sabe ler, quanto mais identificar o mal que se
constrói dia a dia na Nação. O povo sabe o que está escrito, pressente o que
está dito, mas ainda não entende o todo. E o rio segue desperdiçando no caminho
Brasilis, a advertência impressa, a história real da Nação, e numa biblioteca
salobra vai estancar seu saber que se perderá ao evaporar seu líquido no tempo.
E
Eu ali, sentado a beira do caminho, boca escancarada sem dentes, esperando o
derradeiro brasileiro passar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário