quinta-feira, 20 de setembro de 2012


MIRANDO
jTorquato

Cansei de ficar sentado a beira do caminho
Deste caminho que a cada dia que passa não vejo fortuna no horizonte,
Neste Caminho onde vejo passar gordas contas em bolsos corruptos,
O mesmíssimo caminho onde a justiça vem atrás, lenta e incapaz, driblando buracos.
Ladeando a justiça, homens com sacolas de dinheiro a comprar a dignidade de Juizes.
Eu os vejo passar, palitando meus cacos de dentes, dando milho as galinhas, Zeca Tatuzando.
Uma multidão de mutilados morais segue na procissão dos aloprados, corruptos.
Incendiários que matam ao roubar a merenda, os remédios, os salários dos funcionários, dos profissionais, passam logo em seguida sempre trocando cheques nominais de governo para cheques ao portador corrupto. Caminhões com mais de cinco eixos, gemem na estrada, no caminho, levantando poeira sob o peso enorme das cédulas de reais e dólares roubados ao povo brasileiro. No lado de cada carroceria o Símbolo do poder corrupto, onde pintaram as pressas no vermelho e brando, o logotipo do PT, sem apagar direito a cruz nazista, onde um fantasma de bigodinho aparece dando risadinhas satânicas e mostrando a palma da mão mumificada com apenas nove dedos.
Acocorado a beira deste caminho Brasilis, vejo a flor do mato, nascendo sob escaldante sol, linda e frágil, tão forte, tão cheirosa, tão ardente!!!!
Acocorado a beira deste caminho Brasilis, vejo o regato cristalino rodando prensa descendo rumo ao rio maior, e depois ao mar, editando manchetes e chamando o povo a realidade, mas o povo mal sabe ler, quanto mais identificar o mal que se constrói dia a dia na Nação. O povo sabe o que está escrito, pressente o que está dito, mas ainda não entende o todo. E o rio segue desperdiçando no caminho Brasilis, a advertência impressa, a história real da Nação, e numa biblioteca salobra vai estancar seu saber que se perderá ao evaporar seu líquido no tempo.


E Eu ali, sentado a beira do caminho, boca escancarada sem dentes, esperando o derradeiro brasileiro passar.

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