domingo, 30 de setembro de 2012


ET NÃO EXISTE PORQUE NÃO ATUROU VISITAR UMA HUMANIDADE TÃO NOJENTA
jTorquato

out/2012

Não Estava eu nalgum iglu ártico, mas para abrir a porta de minha casa tive de forçar com os ombros, chutar com os pés, não, ela não estava fechada, estava travada pelo lixo na rua.
Claro que de inseticidas, raticidas, e outros “cidas” mais eu gastava mais que com a feira mensal para minha família, tínhamos armadilhas para tudo inclusive para escorpiões, andávamos de galochas de couro ou borracha com medo deles e das cobras que dividiam junto com outros animais, o espaço de nosso lar.
Os Caminhões de lixo continuavam a passar, mas a passar longe, onde ainda podiam trafegar, pois a maioria das vias públicas estava coalhada de lixos. O que me espantava é que todos reclamavam, tiravam fotos, faziam filmes, maldiziam o prefeito.
No boteco os “pingueiros domingueiros” entravam em acirradas discussões sobre o lixo nas ruas, notei então que a maioria que reclamava do Prefeito eram os mesmos que sacudiam sacolas plásticas de lixos, ou colocavam entulhos, restos de reformas, móveis usados e até sanitários, no meio da rua, no terreno baldio, n o beco, na esquina, e o monte aumentava, agora havia morros e até serras de lixo em cada parte da cidade.
Eu disse em algum tempo, séculos atrás que o lixo era luxo, que lixo dava lucro, emprego, que podia sim empresas beneficiadoras comprar porta a porta os lixos separados, diretamente ao povo, e depois este lixo em processo de reciclagem daria emprego e renda a milhares de pessoas. Mas eu era nada mais nada menos que um imbecil visionário.
Hoje o povo anda por cima de morro de lixo, doentes e em sua maioria sem nem saber que estavam doentes, foram pouco a pouco se “acostumando” com o lixo jogado fora de casa, e retornado na forma de insetos e animais peçonhentos. Reclama só por reclamar, reclama por que a reclamação é apenas um tira gosto para a cachaça domingueira, ou um fato como a mudança climática, para puxar conversa, mas na realidade ninguém move uma palha para resolver o rio de lixo que invadiu todas as ruas das cidades.
Mas vamos tirando o zoom, as cidades lixos não tem mesmo onde colocar mais lixo, seus riachos viraram esgotos de lixos que na chuva, amolecem e parte ainda corre para o mar que este sim, está superlotado de lixo, peixes, moluscos, tartarugas? Nem pensar, morreram por ingestão de... lixo.
Sobre nossas cabeças circula em várias órbitas o lixo tecnológico dos satélites já fora de uso, restos de partes de diversos aparelhos que a humanidade levou para o espaço, o lixo foi para o espaço também.
É esta a terra, é este o planeta.
Se um dia alguém importante for vos visitar em sua casa, e a encontrar no estado em que se encontra sua rua, o que este alguém vai pensar? Aliás, será que ele vai adentrar sua residência?
Se um dia alguém importante visitar nosso Orbe, vai se espantar com a recepção logo na atmosfera ao ver tanto lixo espacial, depois nem terá como aterrissar na terra, será que este visitante vai visitar uma humanidade TÃO NOJENTA?

Nenhum comentário:

Postar um comentário