Como já sabemos, Bullying é a nova maneira que a sociedade encontrou para se agredir, pois está pratica não deixa marcas visíveis em suas vítimas, deixa marcas muito mais profundas, marcas psicológicas e que podem demorar muito tempo para desaparecer, algumas nem desaparecem.
Para explicar melhor como o Bullying afete, não somente crianças e adolescente, mas também adultos, conversei com a psicóloga entevistada 1, que atua na cidade de Concórdia. Ela disse que nunca atendeu nenhum caso de Bullying, nem de crianças e nem de adultos, nem vitimas nem agressores, e tudo o que ela sabe sobre esse assunto algumas poucas reportagens que ela viu na televisão. Nada muito diferente do que o resto da sociedade em geral saiba.
Fiquei um tanto surpresa que uma psicóloga, especializada em psicologia infantil, nunca tenha nem se quer tentado fazer uma pesquisa mais a fundo sobre o assunto, nunca tenha pesquisado.
Então pensei em conversar com pessoas que convivam diariamente com crianças e adolescentes, no ambiente mais propicio para a prática do Bullying, resolvi conversar com os orientadores escolares. Minha primeira tentativa foi com a professora entrevistada 1 , orientadora escolar da Escola de Educação Básica Professor Olava Secco Rigon, também situada em Concórdia. Quando a questionei sobre o assunto ela me respondeu com outra pergunta: “O que é Bullying? Nunca ouvi falar disso”. Fiquei um pouco chocada com a resposta/pergunta dela, mas as vezes as pessoas não conhecem a doença pelo nome. Expliquei rapidamente o que era o Bullying e ela ficou sentada atrás da mesa dela com “cara de peixe morto”, me olhando como se eu fosse a pessoas mais estranha da face da Terra. Quando ela repetiu que nunca havia ouvido falar disso, agradeci e fui embora.
Enquanto caminhava, fiquei pensando: “Em que sociedade estamos, onde psicólogos e orientadores escolares não sabem que existem outras maneiras de agressão que não seja a física e que provavelmente atingem seus alunos e pacientes todos os dias?”
Todos os dias se pararmos para observar a saída das crianças das escolas, podemos ouvir os apelidinhos que ninguém gosta: gorda, bola de banha, elefante, pau de vira tripa, magricela, quatro olhos, etc. E se cuidarmos as feições do agredido, vemos que ele não está nem um pouco feliz, está triste, e não tem forças para argumentar ou revidar. Mas o que me deixa mais indignada, é que muitas dessas vezes, pais e professores estão presentes e não fazem nada para impedir a agressão. Para os pais é a coisa mais linda do mundo ver o seu filho exercendo o poder sobre outra criança. Os professores fecham os olhos e fazem de conta de que tudo isso é a coisa mais normal do mundo.
Mas não é. Bullying é um assunto muito sério, e temos que mostrar para as nossas crianças os efeitos que ele pode causar, pois hoje ela pode ser a agressora, mas amanhã ela pode ser a vítima, e todas as crianças tem o direito de saber como se defender disso e ter a certeza de que quando precisarem de ajuda, haverá pessoas que tenham conhecimento do assunto para ajudá-las e lidar com isso.
Por: Vanessa Grendene - Estudante de Comunicação Social - Jornalismo - 4ª Fase - UNOESC-JBA.
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