Bullyng, palavra do vocabulário inglês que em tradução livre para o português pode significar sacanear, agredir física ou psicologicamente, discriminar, excluir, intimidar, colocar apelidos pejorativos, depreciativos...
Em um contexto histórico segundo conversa com o doutorando professor Evandro Guindani, da UNOESC-JBA, a prática do Bullyng nasceu na Europa pois o povo europeu sempre foi preconceituoso em sua Sociedade, excluindo o que eles não aceitavam como perfeitos dentro de seus padrões.
Adolf Hitler, sagaz, perspicaz, ambicioso pelo poder e em sua loucura utilizou-se se uma prática cultural e manipulou a seu favor, através de sua excelente persuasão e da eficiência de seu Ministro do Povo de da Propaganda Paul Joseph Goebbels, através de seus atos e palavras conhecidas, a semente do Bullyng, que na Segunda Grande Guerra foi o Holocauto e as perseguições aos diferentes, pensamento que o professsor Guindani reforça – perseguição, exclusão do ser diferente do idealizado, idéia baseada em um fundamentalismo moral que é a crença de que existe um único modelo de ser humano. E infelizmente esta distorção gera a violência que hoje chama-se Bullyng.
Mas se voltarmos mais atrás no tempo, na Idade Média, a Igreja através do Clero comandou a Santa Inquisição (santa apenas no nome, pois humilhar, ferir, torturar física e psicologicamente um ser humano, não pode ser um ato dito santificado nem em nome de Deus como assim o fizeram). Traduzindo para a atual conjuntura: a Igreja Católica praticou Bullyng, ao perseguir e barbarizar, as “bruxas,” os homossexuais, os ciganos, os hereges (os praticantes de outra fé) ou seja os diferentes, que não seguiam o modelo exemplar de fé cristã imposto por eles.
Como podemos perceber o Bullyng não é uma prática da era pós moderna, ela ultrapassa milênios, séculos, décadas ( meados da década de 60 até a década de 80, houve no Brasil a ditadura militar, onde estudantes, artistas, pensadores, intelectuais, jornalistas, foram presos, torturados, humilhados e mortos com extrema violência em nome da “Segurança Nacional,” quando na verdade sabemos que eram pessoas que opunham-se contra o sistema de governo vigente).
Hoje esta prática criminosa apresenta-se nas escolas, Universidades, barzinhos, boates, redutos GLS, em denominações religiosas diferentes, nas ruas...e o cidadão encontra-se desprotegido pois ainda não existem leis eficazes para coibir esta prática abusiva, até mesmo porque a vítima fragilizada não possui a coragem necessária de dar queixa e lutar pelo seu Direito Humano à Liberdade, que o permite ser quem ele é.
O Bullyng para ser combatido precisa de união da Sociedade em Geral, vítimas, Poder Público, Ministério Público, ONGS, Escolas, Universidade e mídia, que trabalhando juntos podem formar leis, reformular leis, promover debates, levara a correta informação que colocará um ponto final em milênios de silêncio, dor, angústia, vergonha por quem é vítima e quem convive com a vítima.
POR: Ivete Depelegrim Ribeiro – Acadêmica de Comunicação Social – Jornalismo – 4ª Fase – UNOESC - JBA
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