quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A SAGA DE ROBERTO CARLOS E ANDRÉA



A SAGA DE ROBERTO CARLOS E ANDRÉA
José Torquato de Barros Filho
Maceió-Al., 22 de setembro de 2010
Eu me lembro que tudo começou quase pelo fim, a turma do boteco comentava muito, era o assunto do momento na comunidade.
Roberto Carlos assim chamado em homenagem ao cantor popular que fez o pai fã incondicional optar por esse nome, a outra filha deu o incrível nome de Lady Laura, loucuras de fã.
Bem Roberto Carlos era um cara tímido e meio tolo, tanto assim que foi arregimentado logo, logo, pelas Igrejas protestantes inicialmente e depois pelas Evangélicas se bem que eu não vejo diferença daqui de meu banquinho. Sei que o coitado se matava de trabalhar como embrulhador, ou empacotador de uma rede de Super Mercado, e seu dinheiro ainda não dava para a voracidade da religião. Casou com Andréa, esta não pertencente a nenhum clube religioso, era patricinha e muito digamos, avançadinha. Já menina se maquiava e usava saias curtas, botas e outros ditames da moda televisiva. Realmente era como água e óleo o casal, não sei mesmo o que eles viram-se em semelhança, ela tamanho médio, bonito corpo de menina mulher, cabelos de madeixas encaracolados e longos, andar rebolativo e até provocador, sorriso doce. Ele um sujeito magérrimo, alto, cabelos cortados mui rentes, andar duro e completamente desengonçado, olhos meios esgazeados, fala mui mansa, e uma cara triste. Mas se apaixonaram perdidamente e em menos de um ano, casaram-se, indo morar no mesmo bairro, numa casinha cujo quintal era quase um sítio de árvores frutíferas. Pouco se falava do casal e não ser para elogiar tamanho amor e carinho que desprendia dalí.
De repente, numa estranha madrugada, Roberto Carlos partiu cego para cima de Andréa, com um cabo de machado (sem o machado) baixou o pau na coitada, a gritalhada não evitou que Roberto Carlos a lançasse ensangüentada e quase nua, na calçada da casinha, fechando a porta com um estrondo.
No hospital publico que a atendeu, tiveram intenso trabalho para que a mesma sobrevivesse, quatro meses se passaram em internamento e tratamento intensivo, as escoriações eram no corpo inteiro, e a infeliz foi prejudicada em sua coluna vertebral, se tornando uma cadeirante, uma deficiente física, do rosto retalhado sobraram horríveis cicatrizes, que em nada lembrava a intensa beleza catitante. Seu corpo agora magro e deformado, sentado numa cadeira de rodas, era de uma velha senhora que os meninos temiam e apelidaram de bruxa.
Mas o que realmente aconteceu?
Havia na vizinhança uma turma de senhoras do tipo fofoqueira/religiosa/fanáticas, dessas que se encontravam muito em povoados do século XIX, as quais se devem verdadeiras torturas psicológicas e físicas, são almas endemoniadas que se escondem sob o manto religioso onde podem velhacalhar, torturar seus semelhantes sob a ótica da moral e bons costumes, escondendo suas decepções, recalcadas e mal amadas, vão mundo a fora em todas as gerações espalhando seus venenos. Dona Chica era alta e gordíssima, era por assim dizer, a chefe da gang, sua seguidora fiel e secretária do mal, era Doninha, ninguém sabe a razão de tal apelido, o quarteto ainda tinha as auxiliares Dona Ângela gorda e muito mal distribuída, dona de enormes seios e nenhuma bunda, e Dona Marcela, esta esprevitada, agalegada como diria os antigos, mas a mais perigosa das quatros, porque esta tinha cérebro calculista e planejava as ações que o grupo punha em prática.
As quatro eram Romeiras de Padim Padre Cícero de Juazeiro do Norte, fanáticas por Padim Ciço, até que elegerem Frei Damião ainda em vida, como o mestre a ser seguido, não sabemos a causa das decepções das quatro megeras nestes ofícios, só sabemos que logo mudaram e migraram para as religiões de cunho protestante, principalmente as mais radicais, e aí se sentiram em casa para criticar os modos e os costumes de todos, para elas não havia pessoas boas, sempre havia uma maldade a escolher neste pessoa. Infeliz da pessoa que virasse alvo das 4 bestas.
Por volta do casamento de Roberto Carlos, as 4 bestas já freqüentavam a Igreja Universal do Bispo (?) Macêdo. Realmente foram acolhidas e lá encontraram um rebanho de bestas e idiotas que se moldava de vez a personalidade delas. Não sei como prosseguiram nesta dita religião sem bens a perder, e praticamente sem ganhos, só acho que viviam de algum benefício do governo ou pensão de algum ex-marido que deve ter morrido de tortura mental e espiritual. Talvez por isso, por não terem emprego a perder, que as quatro ainda tinham uma casa para dormir e fazer reuniões de maldade. A Estas bestas a Igreja Universal não conseguiu usurpar, pelo menos aparentemente.
Roberto Carlos vivia feliz, crente que tinha achado o maior tesouro da terra, e aqui para nós tinha mesmo, sua amada Andréa. Quando a Igreja lhes pediu grana acima de suas posses, e quando Roberto Carlos passou a escritura da casa para a Igreja, quando passou a faltar ao emprego e ter sido seriamente advertido que o perderia. Dona Andréa não agüentou, e começou gentilmente a fazê-lo mudar de religião, mas o que inicialmente era uma missão impossível, tornou-se um drama, foi só as quatro bestas saber das intenções de D. Andréa.
As quatro partiram cegas para cima da garota de 20 anos, fizeram uma verdadeira ficha criminal falsa e começaram a campanha de “abrir os olhos” do pretenso “corno”. Durou quase um ano para que o tímido Roberto Carlos virasse uma monstro endemoniado, eram as roupas, o modo de falar, o modo de andar, as companhias, o que comia, as horas que voltava da escola, mesmo andando juntos Andréa tinha que ficar olhando para o bico das sandálhias, pois era temeroso levantar as vistas. Em casa eram brigas e mais brigas, qualquer nome masculino era associado ao “Pé de gato”, o cavalheiro que formaria o trio. Roberto Carlos passou a ser visto, na escuridão das esquinas, esperando dar um flaga na esposa na sua volta das aulas, ou mesmo se ausentava propositalmente e voltava imediatamente, para ficar na praça em frente a sua casa, vigiando a mesma. Faltava ao emprego por empregar o método de D. Marcela:
-Faz que vai sair para trabalhar na hora normal e volta em 15 minutos que você pega, já sei até quem é, já sei até o nome do malandro, e é um amigão teu, abre o olho.
Um dia seu Chefe o esperava com a carta de Aviso Prévio de Demissão.
Nesta dia, na Igreja, todos se uniram para “orar” para que o chefe voltasse atrás.
15 dias depois a Igreja o dispensou, não era mais rentável.
Desesperado e mesmo sem comprovação de qualquer traição de Andréa, Roberto Carlos partiu para sua casa, toda culpa de sua desgraça era ELA. A maçã podre, o demônio que esposou, o castigo de Deus.
Pensamento fixo e pau na mão, pegou Andrea sentada na mesa da cozinha catando feijão, sua barriga estava estufada no quinto mês de gravidez, seus agora tristes olhos inda estava molhados das lágrimas de angústia e medo, porque era hora DELE voltar e a tortura recomeçar, Roberto Carlos nem deu tempo para que ela se levantasse, pegou um cabo de machado perto do fogão e despencou na cabeça dela, caída no chão foi chutada na barriga em que estava seu filho, em seguida enquanto ela fazia esforço brutal e de quatro, para levantar-se, foi impedida por um tremendo golpe de cabo de machado no meio das costas, algo estalou assustadoramente e ela já gritava, ele bateu-lhe mais furiosamente, fez abrir-lhe as pernas e tentou enfiar o cabo do machado em suas genitálias, não conseguindo, deu um golpe entre as pernas da sua ex-amada, continuou ora chutando-a, ora golpeando-a, rasgou seu vestido, tentou morder os bicos dos seus seios, com os dedos tentou arrancar seus olhos que expressavam o terror por que passava a Linda Garota que tinha se casado e era a mãe de seu primeiro filho inda não nascido e que jamais nasceria. Em seguida saiu arrastando-a pelos cabelos, abriu a porta e a jogou, como saco de lixo na calçada de sua casinha, que na realidade era da Igreja.
Preso, depois solto por fiança, sem casa para morar, pois a Igreja a tomou assim que o fato aconteceu, sem emprego, sendo odiado na comunidade e não aceito em nenhuma religião, principalmente na Igreja que planejou todo drama. Roberto Carlos não teve nem a coragem de por fim a sua vida miserável. Vive agora nos botecos, tal cachorro sarnento, bêbado e pedindo goles, e levando chutes.
As beatas bestificadas claro,viram nisso a chibata de Deus nos dois Demônios Jovens e felizes.
A Comunidade agora fica arrepiada quando ouve os lamentos demoníacos saídos dos cultos religiosos destas igrejas que clamam abertamente pelos espíritos do mal, para em seguida fazer os malabarismos exorcizantes, sem atentar que os demônios estão ali, no meio dos desavisados fies, travestidos de Senhoras bondosas e pastores, bispos que mal escondem sob a roupa civil e humana, sua condição luciferiana.

3 comentários:

  1. Gostaria que Ivete e/ou outros companheiros se fizesse presente neste apelo

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  2. Se para algum abaixo assinado ou documento pertinente, conte comigo Amigo! Só não interfiro diretamente por falta de recursos financeiros, mas, se a minha palavra ou assinatura importar, estarei disposto à colaboração. É preciso que a Sociedade dê um basta às barbáries, que ainda, se fazem em nome de Ideologias Idiotas e conceitos, hipocritamente, Patriotas. Ainda vivemos uma Ditadura, hoje, Criminosa e Sutil!

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  3. Em primeiro lugar meu sincero agradecimento ao site: http://www.sosdireitoshumanos.org.br/ e ao blog: http://revistasosdireitoshumanos.blogspot.com por trazerem este caso para nosso blog reforçando o que estamos acostumados infelizmente a constatar: a mídia de hoje e do passado acorbertam fatos e os manipulam de acordo com suas pretenções. A verdade simplesmente desaparece tendo como conseqüência o que ainda somos obrigados a ver e ouvir, Democracia neste país realmente não há. Um país é livre e democrático somente quando há uma imprensa livre, independente que denuncia e apura fatos como este levando ao público informação com qualidade, sem o tendencionalismo já conhecido e sem a mão do pretenso dono apontando ao editor qual o caminho que ele quer que seja seguido.
    A Constituição Federal do Brasil em seu Artigo 4º, inciso 2º diz: "II - prevalência dos direitos humanos; e em seu Artigo 5º inciso III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; inciso IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; e inciso XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;" e o Código de Ética do Jornalista diz em seus Artigos 1º e 2º " Art. 1º O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros tem como base o direito fundamental do cidadão à informação, que abrange direito de informar, de ser informado e de ter acesso à informação.
    Art. 2º Como o acesso à informação de relevante interesse público é um direito fundamental, os jornalistas não podem admitir que ele seja impedido por nenhum tipo de interesse, razão (...)
    A lei é bem clara, basta aplicá-la. Cabe ao profissional da mídia também estar ciente e cobrar condições de trabalho que realmente façam com que surja o bom jornalismo que informe com responsabilidade e qualidade como dia 22 aconteceu em São Paulo, no Largo São Francisco, um ato de repúdio contra o atual jornalismo sem responsabilidade e mídia omissa.
    Faço com sua licença W. Tell, meu amigo, a quem agradeço, se houver algo que possamos fazer para ajudar, conte conosco, como profissional da imprensa em formação me sinto responsável e ávida por uma mídia e jornalismo melhores.
    Abraço
    Ivete Depelegrim Ribeiro - Acadêmica de Comunicação Social - Jornalismo - CESMAC- MACEIÓ.


    Noivo Querido: agradeço o texto e por levantar a questão aqui.

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