PAPO PRIMEIRO
MACEIÓ
DAS LOMBADAS
OUVINTE, PÉ DE OREIA E PALESTRANTE POSTADOR... TORQUATO
Elas estão por todos os cantos de
Maceió. São muitas, em todas as ruas, avenidas, ruelas e quase todas ilegais,
segundo o Código de Trânsito
Brasileiro, a Lei 9.503, de 23.09.97, do parágrafo único de seu Artigo 94, que
diz: “são proibidos a utilização das ondulações transversais e de sonorizadores
como redutores de velocidade, salvo em casos especiais definidos pelo órgão ou
entidade competente, nos padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN”. No Artigo
95 do mesmo Código contém a afirma que: é proibido a construção de qualquer
obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de
veículos e pedestres ou colocar em risco sua segurança sem a prévia autorização
do órgão ou entidade de trânsito, prevendo multa, sanções cíveis e penas
criminais e multa ao funcionário público responsável por não observar e fazer
cumprir a lei. E no Artigo 334 afirma categoricamente: “As ondulações
transversais existentes deverão ser homologadas pelo órgão ou entidade
competente no prazo de um ano, a partir da publicação deste Código, devendo ser
retiradas em caso contrário.”.
Este
prazo terminou em 1998. Estamos no ano de 2012 e o que observamos com horror em
nossa cidade é a proliferação de lombadas (muitas mal feitas, irregulares e sem
autorização do órgão competente, que são feitas por moradores que acreditam ser
esta a solução mais viável na prevenção de acidentes), gelo baiano e tantas
outras aberrações que nos são impostas, causando prejuízo ao nosso carro e
muitas vezes colocando a vida das pessoas em risco, pois dependendo da peça do
automóvel danificada, esta pode causar um sério acidente. Lombada irregular não
é a garantia de segurança é um agente causador de acidentes.
Na Avenida Rotary construíram uma lombada
sinalizada na subida de uma rua (ou ladeira) dificultando o tráfego. Pior do
que isto, a lombada em questão mesmo sinalizada por uma placa, é quase
invisível para o motorista em horários em que o sol reflete no para brisa do
carro. Se o motorista não tem habilidade causa um acidente.
Bairros
na periferia são os que mais apresentam estas irregularidades que nunca são
fiscalizadas e a população em sua ignorância aprova este tipo de obra.
A
lombada ideal é a eletrônica. Ela serve para qualquer rodovia principalmente as
que apresentam variações de velocidade, para cada espaço há uma velocidade
específica variando de 30 a 80 km/h nas áreas urbanas, podendo chegar a 110
km/h em áreas rurais. Com ela economiza-se espaço pois a distância de uma para
outra deve ser de 1000 metros, portanto, o radar fotográfico responsável pela
fiscalização e emissão de multas tem
alcance de 1000 metros. A maior vantagem é que a mesma não danifica o carro e
se caso o motorista exceder a velocidade permitida é multado automaticamente, a
fatura é enviada para a casa dele via correio, não há maior prejuízo para o
proprietário do veículo e as chances de um acidente acontecer devido a quebra
de uma peça reduz a zero.
Claro
que lombadas eletrônicas não previnem 100% os acidentes. Educação no trânsito é
primordial e deveria ser ensinada nas escolas. A combinação bebida e volante
ainda são as maiores responsáveis pelas mortes no trânsito. Necessitamos
urgente de uma revisão na Lei prevendo punição para os crimes de trânsito mais
severas. Precisamos que funcionários públicos pagos pelo dinheiro do
contribuinte de fato cumpra sua função e fiscalize nossas ruas, avenidas,
vielas... lembrando que ele também possui carro próprio, transita em ruas com
lombadas, tem prejuízos com as mesmas. A multa custa mais barato, não danifica
o veículo e faz o motorista perder pontos na carteira, uma medida bem interessante
pois quando excede na pontuação, a sua carteira é apreendida ou cassada. As
lombadas irregulares não são capazes de cumprir a função fiscalizar, nem punir,
ela não computa pontos que possam fazer o mau motorista perder a carteira.
A
nossos governantes fica o alerta que o prazo final para a substituição das
antigas lombadas para as eletrônicas findou-se em 2011. Estamos em 2012 e
continuamos a ter prejuízos com os velhos inibidores de velocidade, as pessoas
continuam sofrendo acidentes no trânsito e a chance de punir estes criminosos
que não respeitam as Leis em Alagoas fica anulada devido a ineficiência dos
órgãos responsáveis por um trânsito mais seguro para todos. Se o Estado fizer
sua parte no sentido de eliminar estes objetos antigos e irregulares para
diminuir a velocidade, substituindo pelos modernos e eficientes, já resolve boa
parte da problemática referente a tráfego de veículos. Posteriormente após este
passo, ações conjuntas com governo e sociedade podem fazer com que tenhamos um
trânsito melhor e mais humano.
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