Nunca gostei do Carnaval, nem sabia exatamente o motivo. Nesta data eu fugia para um acampamento, para uma trilha, para algum lugar desconhecido que me trouxesse paz.
Também nunca compreendi porquê certas igrejas demonificam a data. São dias de festa, reunião de amigos de alegria... mas enfim, compreendi estes detalhes que me eram incompreensíveis.
Carnaval é um excesso: um excesso de alegria, festa, som alto, música (muitas vezes de mau gosto), exagero em bebida alcoólica, drogas, sexo sem proteção.
O resultado disto é: desrespeito ao próximo, o estrapolamento das normas de boa convivência gerando a falta de confiança, minando o amor existente, fazendo pessoas cometerem atos irracionais e abomináveis como a violência, vendo nossa juventude perder-se em doenças sexualmente transmissíveis, perdendo suas vidas por usarem drogas e tornarem-se pais antes do tempo. Triste conseqüência...
Nada disto preciva acontecer. Bastava apenas um pouco de bom senso. Nada justifica o injustificável: violência no lugar da compreensão, do perdão, da bondade. Nada justifica que em nome da diversão extrapole-se na bebida barata e se desrespeite a quem cometeu o crime de amar, transformando esta pessoa em ré e em vítima.
Carnaval deveria ser alegria, confraternização, felicidade a ser extrapolada. Deveria unir nunca separar porque somos incapazes de romper totalmente com pessoas que NÃO são nosso sangue, não fazem mais parte do contexto de uma vida e somente querem nosso mau demostrando simpatia e boa vontade forçada, fingida. Com o limite certo de bebida deveria afirmar-se inúmeras vezes "eu te amo, amor meu, te amo pra sempre" no lugar de palavras duras que machucam mas demonstram a realidade de um sentimento que nunca existiu. E as pessoas que fazem parte de nossas vidas eternamente, deveriam ser mais bondosas e aceitar que a vida mudou, segue seu curso natural ou pré determinado e não envenenar a única pessoa que as amaram de verdade somente porque ele decidiu a seguir um outro rumo. Talvês um rumo errado, equivocado, mas mesmo assim um caminho novo que deveria mesmo que errôneamente ser feito.
Pessoas fracas necessitam de amor, não de bebida. É para isto que deveria servir a grande festa do Carnaval. Fazer o bem, ajudar as pessoas serem felizes.
Claro que ainda existem Carnavais do Bem, da família, dos amigos de verdade, dos maridos, esposas, namorados.... que são saudáveis, que acrescentam, que fortalecem os laços e estes carnavais deveriam ser mais expostos, mais divulgados para servirem de exemplo para a Sociedade e assim torná-la mais bonita, mais forte, mais feliz... por isto NÃO CREIO em demonização da festa. Os únicos responsáveis por tornar um evento bom ou mau, saudável ou não somos nós mesmos.
Por: Ivete Depelegrim Ribeiro - Maceió - AL. Ex de tudo nesta vida.
Amiga querida,
ResponderExcluirO que está acontecendo com o carnaval é o reflexo do tempo em que vivemos, não há mais segurança para as familias frequentarem os blocos, os bailes de carnaval foram extintos pela invasão dos trios elétricos e o axé music, virou azaração, não se brinca mais, disputa-se quem beija mais. Lembra quando disse no meu último artigo sobre a inversão de valores? Pois é, tudo reflete também no carnaval, que aliás virou um grande negócio para uns e um fértil meio de corrupção para milhares de Prefeitos que insistem em contratar bandas e trios a peso de ouro, não esquecendo naturalmente a famosa comissãozinha porque ninguém é de ferro. Parabéns.
É Dr. Marcos
ResponderExcluirA inversão de valores... resultado: no carnaval temos a morte como companheira. A morte dos sonhos, a morte dos planos, a morte de sentimentos, a morte em sua real força que separa.
Bjos Amigo Obrigada Sempre
Ivete Depelegrim