sábado, 7 de agosto de 2010
O PAI QUE EU SOU
O PAI QUE EU SOU
Tá tá tá
É o dia comercial dos Pais e daí? Lembram de nós sim com carinho e ternura, misturado a alguma amargura por causa do tênis marca tal não comprado de presente ou mesmo no reinício das aulas, Talvez se lembrem de mim sim, tem um show da banda sei lá o que, no ginásio do Sesc ou coisa parecida e o ingresso é 40 reais afora o táxis, o “lanche” e etc. e tal, ou porque atrasei a mesada de julho, não que não me amem, mas o ritual sentimentalista fica no colo da mamãe, vovó ou a titia que está presente o dia inteiro, não é o cara barba mal feita, muitas vezes suado e abarrotado, despenteando os cabelos ao conferir boletos de cobrança, geralmente de mal humor, que muda com uns goles no gol pela TV do seu time preferido. Nunca mais Papai foi o cara sorridente e carinhoso que lhes punham sobre os ombros e saia em caminhada, correndo na areia da praia, jogando bola de plástico conosco, tem sentimentos de carinho sim, mas muito mais pelas lembranças boas de momentos felizes passados juntos que pelo momento atual.
Sofrer dor física é altamente suportável, principalmente a dor surpresa, não programada como uma agulha de injeção prestes a nos invadir, mas sofrer dores sentimentais é insuportável para o Papai, o cara que facilmente consome 3 maços de cigarros na maternidade, faz pistas tipo revista em quadrinhos, no piso da maternidade madrugada adentro, com a cara apalermada, sempre olhando na direção da sala de parto. Depois o cara enlouquece, ao primeiro choro de seu filho ele esmurra paredes, amassa o cigarro contra a própria boca, grita e pula feito macaco:
– meu filho, meu filho, meu filho Nasceu... e desmaia. O Garanhão é nocauteado pela emoção.
Uma vez papai chegou a quase quatro metros de altura em um simulado murro aos céus, num acrobático salto de altura, que não faria em seu estádio normal, só porque leu o exame que dizia o sexo do bebê inda na barriga de mamãe, era sua primeira filha.
Assim são os pais, sentem um pouco à parte na família, vive quase 12 horas fora do lar a maioria, não existe a cumplicidade que seus filhos têm até com outros adultos da família, afora naturalmente a mãe. A maioria das vezes é cobrado em dobro e incompreendido, mas nunca NUNCA duvide do amor deste machão de meia tijela. É apenas uma manteiga inda congelada, basta um sopro quente de ternura e lá se vai o cara Ó.
Torquato
Publicado no Recanto das Letras em 07/08/2010
Código do texto: T2423707
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Sobre o autor
Torquato
Maceió/AL - Brasil, 59 anos
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Sempre leio e aplaudo teus textos, todos. Copio e guardo.
ResponderExcluirMas este.... fostes um bruto, insensível, egoísta no dia dos pais e ao escrever este texto publicando para como se fosse para deixá-la mais dolorida do que já está por não poder ser mãe. Sabes da dor, angústia e sofrimento dela... mas seu egoísmo só o faz ver o que quer, sua vaidade e fazer duvidar de quem você afirma amar e crer na lágrima fingida de uma pobre "criança chantagista".Sabes bem o que estou te dizendo... mas há JUSTIÇA e as lágrimas delas devido a estes dois fatores, Deus as viu.
Sinto muito Supertor.... este texto nunca vou aplaudir. Vou continuar a ler tudo. Mas este repudio, assim como repudio você duvidar da palavra de uma legítima princesa que abdicou de tudo por um grande amor a você que nem merece.
Desculpem-me leitores... mas esta é a verdade. ELE NÃO É UM CANALHA,JAMAIS, MAS É PARCIAL.
Ronnie
14/08/2010 10:51 - SUPERTOR4
ResponderExcluirQuando escrevo aquí ou em qualquer parte, me dirigo aos meus leitores que porventura exista. Egoísmo seris escrever especialmente para mim, ou para usar meus textos especialmnente para ferir alguem, principalmente alguem que eu amo. Muito me espanta, pessoas inteligentes como voces investir numa ilógica destas. Tenho um compromisso assumido comigo mesmo que escreveria aos meus leitores praticamente em todas as datas especiais sejam elas feridas para mim ou para alguns ou não, me importa o compromisso, me importa todos sentimentos, me importa ser imparcial numa postagem que é publica e não pessoal, se pessoal fosse usaria os meios pessoais de escrever e ou me comunicar com a pessoa a quem gostaria que lesse pessoalmente, como uma carta, amigo. Neste texto em especial, usei alguns dados passados comigo, não há dúvidas que um escritor deve ter passado as emoções que descreve, mas isso não significa que eu estou passando com um trator por cima de minha amada. Significa que tive e tenho passado, presente e futuro
Mas o que que é isso? Histeria? Loucura ou o que? até um texto inocente que copia o clima de um buteco é motivo de acirada campanha de difamação pessoal, que é que tem minha vida pessoal, o que vós chamam de amor e não sei o quê entendem por isso, com o que eu escrevo? Eu escrevo o mais profissionalmente possivel. Se assim fosse, quem amasse não poderia nem jogar futebol, ser artista de TV ou teatro, aliás não exercer nenhuma profissão pública parta NÃO FERIR O ENTE AMADO, porr..... isto está indo longe demais. Se não gostam do que eu escrevo, ou se tem salgo pessoal contra mim, que se me dirijam poessoalmente, querem um quebra pau? venham cá, Mas são coisas pessoais e não publicas. NADA TEM A HAVER COM O QUE EU ESCREVO, os poetas que se sintam indignos, quando bem casados, fizeram um lindo poema de amor a uma musa imaginária, vai ser dose ser qualquer coisa xconforma a lógica de voces. OS ESCRITORES QUE SE DANEM, estamos na SANTA INqUISIÇÃO, ou na ditadura militar ONDE TUDO ERA LIDO, VISTO E TIDO COMO UMA GRANDE CONSPIRAÇÃO, ESTOU sendo UM PERSEGUIDO SEM CAUSA
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