quinta-feira, 4 de abril de 2013

maldade bestial dos maus e dos bons




MALDADE BESTIAL DOS MAUS E DOS BONS
jTorquato

Nós fomos olhar na escuridão, lá no tal celeiro, o movimento que notamos, seria um ET?, bem que seria bom para quebrar a monotonia deste lugar onde nada acontece e tudo é motivo para broncas e castigos.
Deitada tremendo de frio encontramos uma menina mulher, em farrapos tentando se cobrir com o capim seco para pastagem, ficamos atordoados. Quem és, de onde vens? Sim porque aqui é longe de tudo.
Ela fugiu do padastro, ele que queria matá-la por ter dado com a língua dos dentes e falado para sua mãe que seu Padastro a comia regularmente, praticamente todas as noites, e não era só uma foda normal, era sodomizada, era obrigada a sexo anal e oral, aas vezes obrigada a enfiar um cabo de vassoura no ânus, enquanto ele a chupava pelas frente. Mas isso não era nada em comparação aos finais dos meses quando o padastro trazia um bando de bêbados para que fizesse de tudo com ela e ele ficava se masturbando ao lado. Um dia pegou um ferro em brasa para enfiar no seu ânus, ela saiu gritando de dor e contou tudo para sua mãe.
Claro que levou tremendo tapa na cara e ficou de castigo por inventar tantas mentiras, e novamente se submeteu ao ritual diário de sofrimento sexual. Mas desta feita foi pior quando descobriu a mãe a olhar pelas frestas da parede e estar a se masturbar vendo o sofrimento da filha. Foi a gota d’água, ela não aguentou, fugiu de casa.
O primeiro sentimento da turma foi de pena, trataram com carinho, trouxeram roupas das irmãs, comida, frutas, e muita água, ela se lavou, nua, a frente dos quatros, não sentia mais pudor, não tinha metragem do que era certo ou errado em relação aquilo. Só sabia que os homens gostavam de fazer as mulheres sofrer e se deliciavam com este sofrimento.
Na semana seguinte um deles a pegou e fez sexo normal com ela, dois dias depois foi om irmãos mais novo que a penetrou e foi surpreendido por outro irmão, e os dois se satisfizeram nela a fazendo de sanduiche, ela achava normal e fazia com prazer como paga aos cuidados deles para com ela. No fim do mês todos os quatros se banqueteavam ora em grupo ora a sós, com ela. Comentavam que ela era realmente muito gostosa, e nem parecia ter os 14 anos que tinha. Mas os pais nem desconfiavam daquela hóspede, continuavam seu trabalho em casa e no campo com a ajuda dos garotos.
Mas um dia a irmã deles achou estranho o movimento sempre em direção aquele celeiro, que nada devia ter a não ser palha de cana e capim seco para os burros e foi seguindo um dos irmãos que descobriu a suruba naquele dia a três, e ela como sempre no meio dos dois irmãos que a penetravam pela frente e por traz simultaneamente. O grito histérico (há quem diga que de inveja) foi se ecoando até os ouvidos de D. Laura Farias que saiu empunhando uma vassoura pensando que seria algum bicho que causara o grito de susto.
Não deu tempo parta ninguém se vestir e foram pegos no flagrante, a menina inda de bunda para cima, montada no irmão mais novo.
Naquele dia no pátio da fazendo houve um expurgo, naquele lugar, longe de tudo, onde a justiça era feita  na hora sem julgamentos, a menina amarrada a um tronco, levava chibatadas, depois de tomar banho de vinagre com sal por cima das feridas abertas, ficou sozinha no tronco como escrava do século XVIII, enquanto o pai perguntava aos meninos:
- Ela Mijou em vocês?
- Não pai
- Como foi que ela fez para vocês cair na tentação?
- Ora pai não somos mais crianças, já sabemos o que é uma mulher, já fomos inté para a Zona de Mariazinha.
- Esta menina é o diabo, o Pastor não deve nem saber que temos o diabo em casa. E é mulher, do jeito que o diabo gosta de aparecer e fazer perder meus filhos. Ah. Meu Deus o que fiz para merecer este castigo.
O gemido os fez lembrar que a menina inda estava no tronco, semi desmaiada e semi nua no frio do sertão brasileiro. Mas o terror religioso se impunha. A Fé radical lhe mostrava inumana, não sentia pena, sentia horror da menina.
O Pai foi até a cozinha e voltou com um pano molhado, pegou um pedaço de pau e enrolou o pano numa extremidade, e gritou para os quatro rapazes:
Faça alguma coisa para se livrar do pecado mortal que vocês cometeram, vá buscar mais lenha, muita lenha e coleque aos pés dela lá fora.
- Mas pai que vai fazer? É apenas uma menina.
- Uma menina nada é SATÃ, que Deus enviou para nos testar.
- Pai pelo amor de Deus, Mãe, ela já sofreu muito mãe, seu padastro a estuprou com os amigos de cachaça, a mãe lhe bateu e (não tiveram coragem de contar a verdade sobre a mãe dela), ela sofreu muito pai.
- Isso é artimanha do diabo, conta histórias para nos enternecer filhos, ela é o satã em pessoa e deve morrer queimada, só o fogo purifica.
LÁ LONGE NUMA VILA, OS MORADORES ESCUTARAM GRITOS HORRIVEIS, MAS TEMEROSOS DO LOBISOMEM E DA MULHER DE BRANCO, NÃO TIVERAM CORAGEM DE AVERIGUAR.
O Sol iluminou o sítio, o poste do martírio, os restos de fogueira, e um montículo de terras reviradas ao lado, só com um monte de pedras, indicava o túmulo da garota que não viveu, e só experimentou a maldade bestial dos maus e dos bons.

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