sexta-feira, 4 de janeiro de 2013







CARREGO MEU TRANSPORTE NO MEU BOLSO PARA ONDE EU FOR.
j.Torquato série UTOPIAS
Saio de casa assoviando uma musica de qualquer Roberto Carlos, é assim ao chegar ao terminal eletrônico, vou direto a banca automática de jornais, escolho o jornal da promoção melhor do dia, passo meu cartão magnético, retiro o jornal, passo na catraca eletrônica com o mesmo cartão e fico esperando meu bus chegar em... 11, 10, 09 segundo, lá vem ele.
Espero um passageiro  especial acomodar sua cadeira de rodas e sigo atras do mesmo, acho que o ar condicionado está exageradamente frio, mas não reclamo, me sento e abro o juornal para ler, tenho trinta minutos para tal até chegar ao meu ponto, para descer e ir ao trabalho, precisamente.
Olhando pela janela avisto tremendo engarrafamento na outra via que é a via dos transportes individuais, carros de passeio devem estar a buzinar adoidado, com as janelas do ônibus fechadas por causa do ar condicionado, não escuto o som das buzinas histéricas. Dá vontade de rir da palhaçada dos caras que estão a dirigir seu carro, gastando-o, e se desgastando diariamente, volto ao meu jornal.
Ao descer olho com carinho para meu cartão eletrônico, é o vale de transporte federal, vale para qualquer tipo de transporte de massa público em todo território nacional, você põe certo limite de crédito de acordo com sua situação financeira, pode ser qualquer dia de qualquer mês e o valor que pode creditar no momento, não importa. O que realmente importa são as companhias de viação diversas rodoviárias, ferroviárias e modal aquático, a disputar sua preferência com promoções como o jornal que acabei de  comprar, descontos nos créditos das passagens e etc. a finalidade destas empresa é fidelizar você como cliente dela. Voce tem sua arma: O CARTÃO NACIONAL DE TRANSPORTE, você tem o transporte em seu bolso, onde você estiver, que transporte você precisar, desde que seja público e de massa. Ônibus, Trens, Lotações, Balsas, Barcos, etc.
Chequei descansado e ainda com certo frio, ao trabalho, sabia que a temperatura subiria acima dos 30 graus, mas o corpo ainda estava no conforto do ônibus de minha empresa preferida. Chequei pontualmente, informado e disposto a mais um dia de trabalho.
Logo na calçada estava mais um anúncio, por coincidência da minha empresa preferida, anunciando mais uma construção de via preferencial para os ônibus que vinham de uma cidade dormitório no entorno da capital, e que teria os ônibus refrigerados ou tribus como era chamado os quase trens ônibus.
Mais um berro que parecia ser da minha chefe me tirou  do sério. E ai me acordei, era um cara com cara de menino, armado, assaltando mais um ônibus velho e lotado da minha vida real.
Olhei para fora, uma multidão de carros, caminhões, fumaças, buzinas, e eu dormindo de tão cansado naquele inferno de som e calor.

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