segunda-feira, 20 de junho de 2011

A PALAVRA DA MODA NÃO É TUDO

A palava da moda é: marcha. Marcha da Liberdade, do Orgulho Gay, dos Funcinários Publicos, das Vadias... muito barulho, nenhum efeito concreto e positivo.
Falam em Liberdade de Expressão, mas não suportam opiniões contrárias a seu interesse, falam em luta contra o preconceito, mas continuam fomentando ódio e gerando mais preconceitos, lutam por aumento no salário prometendo melhorar suas funções, mas sai o aumento e continuam a prestar um mau serviço esquendo-se prometido, exigem ser respeitados mas não possuem respeito por si próprios. Como um mulher exige respeito e decoro vestida inadequadamente para sair às ruas procurar emprego, ir à Universidade, fazer suas tarefas do cotidiano? A roupa além de proteger nosso corpo, revela nossa personalidade. Como se fala em liberdade de expressão se não se ouve e aceita o ponto de vista de outrem que diverge de ti?
Há quem afirme que tais marchas fortalecem a Democracia. Será mesmo? Vamos analisar juntos: A Democracia para se fortalecer necessita de liberdade de expressão plena com qualidade na informação. Esta fórmula gera debates em todos os níveis da Sociedade, analisando profundamente cada ponto da problemática discutida buscando uma solução para o problema. Quando não há esta discussão, este debate, esta análise, o assunto fica parcial, dando origem a mais problemas. Um exemplo: o assunto homoafetividade é muito mais complexo do que a garantia dos Direitos Fundamentais dos homossexuais. Direitos Fundamentais já estão garantidos no artigo 5º da Constituição Federal do Brasil, bastava cumprir a Constituição e não seria necessário este disperdício de energia reinvidicando o óbvio e assegurado, produzindo desgaste de Instituições e veiculando somente uma visão do conflito. A homoafetividade não resume-se em questões judiciárias. Somos um país pluri religioso, então todas as religiões devem ser ouvidas independente de sua linha de pensamento e dogmas. O Brasil é pluri partidário, todos os partidos políticos devem ser ouvidos também. A Ciência em todos os seus segmentos devem abordar o tema, divulgar todos os estudos, debater em parceria com todos os setores da Educação e Comunicação.
O que mais temos visto em nosso país é a banalização dos assuntos debatidos na Sociedade, seja na forma correta, seja na forma errônea como se tem conduzido tais debates. Não é um KitGay que resolve o Bullyng contra homossexuais, não é exigindo que a Sociedade respeite quem não tem respeito por si que as situações e conflitos se resolvem, nem dando aumento a funcionários público que desconhece seus reais chefes e patrões, por isto atendem tão mau ao público muitas vezes sofridos que os procuram. Funcionário público deve se conscientizar que não é mentindo à popualção que seus salários serão válidos e a qualidade nos serviços em decorrência de um aumento será concretizada. Não são meias verdades divulgadas por uma mídia com donos que fortalece uma Democracia incentivando passeatas, protestos, com efeito placebo.
Dialogar, analisar, estudar a fundo, debater, divulgar os resultados é o caminho correto. Se este caminho tivesse sido percorrido o Mensalão já teria sido julgado e não adiado para 2012 *** http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/02/17/julgamento-do-mensalao-deve-ficar-para-2012-923829533.asp, o que já modificou o resultado das eleições no Brasil, não somente uma vez porque o povo com medo de perder o que não tem e sem senso crítico para avaliar, acreditou no veiculado pela mídia comprada/vendida e dito pelos mafiosos do poder: "o mensalão nunca existiu."
Muitas pessoas reclamam e concordam quando o assunto é falta de Ética, de valores, ficam indignados com a roubalheira, corrupção e incompetência dos governantes. Então porque não organizar a MARCHA DA FAXINA? Ir às ruas, trazer mesmo o assunto a debate envolvendo o todo da Sociedade? Fazer ouvir-se, por medo mesmo aos fanfarrões do poder que tem a certeza da impunidade e não somente porque a Lei é fraca, mas porque o povo é passivo, sem senso de avaliação e questionamento, que pensam que marchas na verdade são divertimento, um dia para quebrar a rotina massante de um fim de semana sem programação.
Só para lembrar: as DIRETAS não foi apenas uma passeata. Aconteceu porque era um movimento sólido, bem estruturado que levou a Sociedade ao movimento, ao debate, ao questionamento e ao real desejo de mundança o que não vemos mais por aí.
Twitaços, convocações via Facebook são válidos desde que saiam dos computadores, ganhem as ruas, encham as praças chegando à Brasilia e monstrando quem tem mais força, se um povo que sabe o que quer sendo maioria, ou se uns poucos eleitos para fazerem o certo, (sem generalizações, porque alguns se salvam), mas que agem errado denegrindo nossa nação, utilizando da falsa liberdade de expressão (mas com resultado utópico) para se auto promoverem e permanecerem no poder.

POR: Ivete Depelegrim Ribeiro - Estudante de Comunicação Social Jornalismo - Maceió/AL.

2 comentários:

  1. Oi Ivete,
    Primeiro, li, aqui ,mesmo, que 85% das leis são inconstitucionais - estudo do Largo São Francisco;
    Segundo, sem a devida educação, sem doutrinação, é impossível mudar alguma coisa;
    Terceiro - grande parte dos estabelecimentos de ensino não tem capacidade de ministrar aulas de filosofia sem doutrinação.
    Conclusão triste - estamos num beco sem saída, infelizmente. opcao_zili.

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  2. Olá Ivete!
    O Brasil tem inumerosa problemas e vive situações geradas pela própria sociedade desorganizada, manadas que seguem a moda ou o modismo sem nenhum critério ou bom senso.

    O povo além de acomodado é corrupto de nascença, vive da Lei do Gérson, enfim. O que se pode esperar disso? Uma sociedade que concede em nome da liberdade e da democracia e como escreveste muito bem, na real estimulando as diferenças negativamente ou importando um modismo que já resultou negativamente em suas fontes de origem.

    Vide a maconha em Amsterdã e outros problemas e situações que apenas aumentaram as rixas entre a diversidade, por exemplo. Falam em nome da liberdade expressão como se isso fosse efetivamente identificado como tal, liberdade não é liberalidade, nem permissivismo exagerado.

    Enfim, falta ao Brasil organização, planejamento e interesse concreto da sociedade em mudar efetivamente, de forma concreta e permanente.

    Como colocaste "as Diretas" foi muito mais que uma passeata, assim como o pedido de renuncia de Collor, falta ao brasileiro, a sociedade em geral, disposição real, interesse em fazer, cobrar as vezes é mais fácil.

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