quarta-feira, 26 de setembro de 2018

CRIATIVO SONHADOR PROIBIDO HÉLIO CARECA A BESSA A RÁDIO TE AMA




: Boca da Bigorna em 1978. Local onde hoje está o Mercado da Produção
[08:38, 26/9/2018] José Torquato: Hélio Careca Lessa: o criador do “Ronda Policial” relembra o tempo da Boca da Bigorna
Publicado em 15 de dezembro de 2017 por Ticianeli em Personalidades // 2 comentários


Boca da Bigorna em 1978. Local onde hoje está o Mercado da Produção
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*Publicado originalmente na revista Última Palavra, Ano 2, nº 68, de 9 a 15 de junho de 1989.





Hélio Lessa, o homem da calça preta
"HÉLIO CARECA A BESSA - AMIGO DE TORQUATO DA MASSAYÓ PROMOÇÕES E PUBLICIDADES, SABINO ROMARIZ, JALON CABRAL, ROBERTO BECKER E TODOS AMIGOS DO RÁDIO DE VERDADE PARABÉNS A ESTE REPRESENTANTE DO DIA DO RÁDIO  25 DE SETEMBRO DE 2018. MEUS ABRAÇOS AMIGÃO CRIATIVO E SONHADOR." J.torquato

Quando em 1948 Alagoas deixava de ser a zona do silêncio e ingressava na era do rádio com a inauguração da ZYO-4 (a Rádio Difusora), começava também a surgir uma nova oportunidade de trabalho para um garoto de 16 anos, de nome Hélio Lessa Silva, que naquele ano deu início a sua carreira de profissional do rádio, fazendo parte de um dos programas de auditórios da Difusora, ao lado de Benedito Alves, formando a dupla conhecida como os “Irmãos Edson”.

De cantor nos programas de auditórios Hélio Lessa passou ao jornalismo, trocando de setor ao mesmo tempo que a Rádio Difusora se transferia do antigo prédio localizado na rua Pedro Monteiro, para um outro casarão, na Praça dos Martírios, onde hoje funciona o museu da Fundação Pierre Chalita. Nesta época, o departamento de jornalismo da Difusora era dirigido por Jucá Santos, lembra Hélio Lessa, que ao lado de Wegand Mansur lançou o programa “Ronda Policial“.

Em sua versão original, criada ainda na década de 60, o programa deu ao seu apresentador uma grande popularidade além da alcunha de “Hélio Careca Lessa – o homem da calça preta“.

Muito chegado a uma “cachacinha”, Hélio Lessa preparava o seu programa naquele lugar, que ele chamava de “Boca da Bigorna“. “A boca da bigorna era o conhecido lixo da Levada, um antro de marginais e prostitutas, que funcionava como uma espécie de meu quartel general”. Explica com bom humor Hélio, acrescentando que naquele local ele tinha contato com suas fontes, comandando uma equipe de quatro repórteres.

O lugar que Hélio Lessa frequentava, e que ele chamava de “Boca da Bigorna”, era onde hoje funciona o Mercado da Produção. Ali se reunia toda sorte de marginais, que entre goles de raiz-de-pau (cachaça curtida em raízes) desfilavam suas últimas conquistas. Era nesse local que o repórter colhia as informações que iam rechear suas estórias cheias de humor, retratando o drama dos “ladrões de galinhas” e das mariposas. “Na boca da bigorna era muito melhor de colher uma informação do que na porta de qualquer delegacia”, conta Hélio que também apreciava uma raiz-de-pau, “com tira-gosto de passarinha”, frisa ele.

Nu de pileque
A relação entre Hélio Lessa e a bebida gerou muitos fatos pitorescos, mas ele desconversa quando perguntado. “Hoje eu não bebo mais, abandonei esse vício, graças a minha força de vontade e à interferência de uma mãe-de-santo do Rio Novo”, explica Hélio. Alguns amigos seus contam a versão verdadeira: Hélio abandonou a bebida depois que tomou um grande “pileque” que o deixou sem suas roupas. “Ele tinha o costume de quando faltava dinheiro durante um porre, trocava por cachaça até mesmo a roupa em que estava vestido”…


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