sábado, 27 de abril de 2019

EGOÍSMO POBRE

EGOÍSMO POBRE
j.Torquato



EU QUERIA A MOTO
NÃO RECORDO SE ERA DE PILHAS OU ERA DE CORDAS
MAS EU QUERIA A MOTO.
POBRE DA MINHA MÃE O DINHEIRO NÃO DAVA
MIROU UMA BALANCINHA FILIZOLA, VERMELHA.
METADE DO PREÇO, MEU QUERER NÃO A EMBRULHAVA.
FICOU NUM CAMINHÃO DE BOMBEIROS
TINHA MANGUEIRA, TANQUE, ESCADA.
MAS NÃO ERA A PILHA E NEM DE CORDA.

EU TINHA TUDO QUE NÃO ERA NADA
EU QUERIA O NADA QUE ERA TUDO.
ELA ME OLHOU TRISTE E EU NEM VI
MEU EGOÍSMO NÃO TINHA PÁREO
E AINDA ME SAUDAVA... FELIZ ANIVERSÁRIO
POBRE MAMÃE POBRE
Torquato
Enviado por Torquato em 27/04/2019
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sexta-feira, 26 de abril de 2019

ACRUELOU


ACRUELOU

j.Torquato


PUS UM SAPATO DE CIMENTO NOS PÉS
USEI ÓCULOS ESCUROS À NOITE
APREENDÍ AS DORES DE JUNTAS DE UM RESFRIADO
SAQUEI TODOS OS DENTES PARA MASTIGAR COM GENGIVAS,
PERDÍ TODOS QUE ME ENTENDIAM
OS QUE GOSTAVAM DAS MESMAS MÚSICAS, CORES E SABORES.
DAS CURVAS GENEROSAS DE OUTRORA, DESPELANCADAS HOJE.
DESPEDI-ME DAS ESQUINAS, COM VIOLÃO, JORNAL, PATINHAS DE UÇÁ E CACHAÇA.
VOZ ROUCA QUE OUTRORA FAZIA BAILAR SONHOS MUSICAIS,
ATÉ O DÓ TEM DÓ, E FAZ UM FÁ SUSTENIDO  A GEMER.
ADEUS MINHA LUA PARTICULAR, MEU CANTO, MEU LAGO.
ADEUS MINHA PRAIA NOTURNA E SUA SEREIA DO SOBRAL.
ANDANDO CIMENTADO SEM SAPATEAR, PROCURANDO BATENTES SEM ENXERGAR,
EU VOU, SEM LENÇOS ( NÃO MAIS SE USAM), E SEM DOCUMENTOS (ESTÃO NA CAIXINHA DO SMARTPHONE). EU VOU
SENDO UM LATINO AMERICANO QUE NUNCA MAIS.
SERIA SIMPLES SE NÃO FOSSE O FIM, E O ESPELHO RETROVISOR MOSTRAR UM COVEIRO
CORRENDO AO MEU ENCONTRO
SERIA RISÍVEL CORRER COM SAPATOS DE CIMENTO.
O COVEIRO VAI ESBURACAR SOLOS, E CANTAR.
A MÚSICA FÚNEBRE QUE NUNCA CAI DE MODA.
E O MUNDO ESCURECEU, EMUDECEU.
DESSONORIZOU,
DESTATOU.
ACRUELOU.




sábado, 13 de abril de 2019

AGROTERRORISMO



AGROTERRORISMO - Petistas Acusados de propagar praga do Cacau

Petistas são acusados de disseminar a praga que destruiu a lavoura de cacau no sul da Bahia

Franco Timóteo, que confessa o crime: o plano era minar a influência política dos barões do cacau Foto Revista VEJA
 

 
Policarpo Junior
Revista VEJA

No dia 22 de maio de 1989, durante uma inspeção de rotina, um grupo de técnicos descobriu o primeiro foco de uma infecção devastadora conhecida como vassoura-de-bruxa numa plantação de cacau no sul da Bahia. A praga é mortal para os cacaueiros. Os técnicos, porém, se tranqüilizaram com a suposição de que se tratava apenas de um foco isolado. Engano. Em menos de três anos, de forma espantosamente veloz e estranhamente linear, a vassoura-de-bruxa destruiu as lavouras de cacau na região – e fez surgir um punhado de explicações para o fenômeno, inclusive a de que o Brasil poderia ter sido vítima de uma sabotagem agrícola por parte de países produtores de cacau da África, como Costa do Marfim e Gana.

Reforçando, então, as suspeitas de sabotagem, técnicos encontraram ramos infectados com vassoura-de-bruxa amarrados em pés de cacau – algo que só poderia acontecer pela mão do homem, e nunca por ação da própria natureza. A Polícia Federal investigou a hipótese de sabotagem, mas, pouco depois, encerrou o trabalho sem chegar a uma conclusão. Agora, dezessete anos depois, surge a primeira testemunha ocular do caso. Ele conta que houve, sim, sabotagem, só que realizada por brasileiros.

Em quatro entrevistas a VEJA, o técnico em administração Luiz Henrique Franco Timóteo, baiano, 54 anos, contou detalhes de como ele próprio, então ardoroso militante esquerdista do PDT, se juntou a outros cinco militantes do PT para conceber e executar a sabotagem. O grupo, que já atuava em greves e protestos organizados na década de 80 em Itabuna, a principal cidade da região cacaueira da Bahia, pretendia aplicar um golpe mortal nos barões do cacau, cujo vasto poder econômico se desdobrava numa incontrastável influência política na região.

O grupo entendeu que a melhor forma de minar o domínio político da elite local seria por meio de um ataque à base de seu poder econômico – as fazendas de cacau. "O imperialismo dos coronéis era muito grande. Só se candidatava a vereador e prefeito quem eles queriam", diz Franco Timóteo. A idéia, diz ele, partiu de Geraldo Simões, figura de proa no PT em Itabuna que trabalhava como técnico da Ceplac, órgão do Ministério da Agricultura que cuida do cacau. Os outros quatro membros do grupo – Everaldo Anunciação, Wellington Duarte, Eliezer Correia e Jonas Nascimento – tinham perfil idêntico: eram todos membros do PT e todos trabalhavam na Ceplac.
 
Franco Timóteo conta que, bem ao estilo festivo da esquerda, a primeira reunião em que o assunto foi discutido aconteceu num bar em Itabuna – o Caçuá, que não existe mais. Jonas Nascimento explicou que a idéia era atingir o poder econômico dos barões do cacau. Geraldo Simões sugeriu que a vassoura-de-bruxa fosse trazida do Norte do país, onde a praga era – e ainda é – endêmica. Franco Timóteo, que já morara no Pará em 1976, foi escolhido para transportar os ramos infectados. "Então eu disse: 'Olha, eu conheço, sei como pegar a praga, mas tem um controle grande nas divisas dos estados'." Era fim de 1987, início de 1988.

Apesar do risco de ser descoberto no caminho, Franco Timóteo foi escalado para fazer uma primeira viagem até Porto Velho, em Rondônia. Foi de ônibus, a partir de Ilhéus. "Em Rondônia, qualquer fazenda tem vassoura-de-bruxa. Nessa primeira viagem, peguei uns quarenta, cinqüenta ramos. Coloquei num saco plástico e botei no bagageiro do ônibus. Se alguém pegasse, eu abandonava tudo." Nos quatro anos seguintes, repetiria a viagem sete ou oito vezes, com intervalos de quatro a seis meses entre uma e outra. "Mas nas outras viagens trouxe os ramos infectados num saco de arroz umedecido. Era melhor. Nunca me pegaram."

Franco Timóteo conta que, quando voltava para Itabuna, entregava o material ao pessoal encarregado de distribuir a praga pelas plantações. A primeira fazenda escolhida para a operação criminosa chamava-se Conjunto Santana, ficava em Uruçuca e pertencia a Francisco Lima Filho, então presidente local da União Democrática Ruralista (UDR) e partidário da candidatura presidencial de Ronaldo Caiado. Membro de uma tradicional família cacaueira, Chico Lima, como é conhecido, tinha o perfil ideal para os sabotadores: era grande produtor e adversário político.

"Chico Lima era questão de honra para nós", diz Franco Timóteo. Foi justamente na fazenda de Chico Lima que foi encontrado o primeiro foco de vassoura-de-bruxa, em 22 de maio de 1989 – e a imagem dos técnicos, no exato momento em que detectam a praga, ficou registrada numa fita de vídeo à qual VEJA teve acesso. Como medida profilática os técnicos decidiram incinerar todos os pés de cacau da fazenda. Chico Lima ficou arruinado. Hoje, arrenda as terras que lhe restam e vive dos lucros de uma distribuidora de bebidas. Informado por VEJA da confissão de Franco Timóteo, ele lembrou que sempre se falou de sabotagem – mas de estrangeiros – e mostrou-se chocado. "Isso é um crime muito grande, rapaz. Os responsáveis têm de pagar", disse.

Os ataques às fazendas, todas situadas ao longo da BR-101, aconteciam sempre nos fins de semana, quando diminui o número de funcionários. O grupo tinha o cuidado de usar um carro com logotipo da Ceplac para criar um álibi: se eles fossem descobertos por alguém, diriam que estavam fazendo um trabalho de campo.

"A gente chegava, entrava, amarrava o ramo infectado no pé de cacau e ia embora. O vento se encarregava do resto", conta Franco Timóteo. Para dar mais verossimilhança a uma suposta disseminação natural da vassoura-de-bruxa, o grupo tentou infectar pés de cacau numa lavoura mantida pela própria Ceplac. Não deu certo, devido à presença de um vigia, e o grupo acabou esquecendo, no atropelo da fuga, um saco com ramos infectados sobre a mesa do escritório da Ceplac. A operação criminosa, por eles apelidada de "Cruzeiro do Sul", desenrolou-se por menos de quatro anos – de 1989 a 1992. "No início de 1992, parou. Geraldo Simões disse que a praga estava se propagando de forma assustadora. Não precisava mais."

Os sabotadores nunca foram pegos, mas deixaram muitas pistas. "Encontramos provas de que houve sabotagem em várias fazendas", conta Carlos Viana, que trabalhava como diretor da Ceplac quando a praga começou a se disseminar. Ele se lembra do saco plástico esquecido sobre a mesa do escritório da Ceplac numa das lavouras – e isso o levou, inclusive, a acionar a Polícia Federal para investigar a hipótese de sabotagem. "Uma coisa eu posso garantir: os focos não foram acidentais", diz Viana, que deixou o órgão e tem hoje uma indústria de óleo vegetal.

 
Propagação da vassoura-de-bruxa na Bahia. Arte VEJA

Um relatório técnico e oficial, elaborado pela Ceplac logo no início das investigações, chegou a considerar a hipótese de que produtores do Norte do país teriam levado a vassoura-de-bruxa para as plantações da Bahia – mas movidos por "curiosidade ou ignorância". O relatório afirma que a chegada à Bahia da Crinipellis perniciosa, nome científico do fungo causador da vassoura-de-bruxa, "não pode ser atribuída a agentes naturais de disseminação". VEJA consultou Lucília Marcelino, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Brasília, para saber se a história contada por Franco Timóteo seria viável. "Sob o ponto de vista técnico, sim", diz ela.

A sabotagem produziu um desastre econômico. Derrubou a produção nacional para menos da metade, desempregou cerca de 200.000 trabalhadores e fez com que o Brasil, então o segundo maior produtor mundial de cacau, virasse importador da fruta. Um estudo da Universidade Estadual de Campinas, elaborado em 2002, estima que a devastação do cacau na Bahia provocou, nos últimos quinze anos, um prejuízo que pode chegar à astronômica cifra de 10 bilhões de dólares.

Mas, na mesquinharia política dos sabotadores, o plano foi um sucesso.Em 1992, no primeiro pleito depois da devastação, Geraldo Simões elegeu-se prefeito de Itabuna pelo PT – e presenteou os quatro companheiros de sabotagem com cargos em sua gestão. Everaldo Anunciação foi nomeado secretário da Agricultura – cargo que deixaria dois anos depois, sendo substituído por Jonas Nascimento, o outro petista sabotador. Wellington Duarte, também membro do grupo da sabotagem, ficou como chefe-de-gabinete do prefeito.
 
E Eliezer Correia ganhou o cargo de secretário de Administração e Finanças. Como não pertencia ao PT, Franco Timóteo não ganhou cargo algum na prefeitura. Em 1994, com o recrudescimento de suspeitas de que a vassoura-de-bruxa fora uma sabotagem, ele resolveu deixar Itabuna e mudar-se para Rondônia. O prefeito lhe deu um cheque de 250.000 cruzeiros reais (o equivalente a 800 reais hoje) para ajudar nas despesas da viagem – paga, para variar, com dinheiro público.

A operação consta da contabilidade da prefeitura, em que está registrada sob o número 2 467, e informa que o beneficiário era mesmo Franco Timóteo, mas, providencialmente, não há processo descrevendo o motivo do pagamento. "É estranho. Se havia algum processo, sumiu", diz o atual prefeito, Fernando Gomes, do PFL.

Nos últimos anos, Franco Timóteo tem sido assaltado pelo remorso do crime que cometeu. Um dos atingidos era seu parente. Silvano Franco Pinheiro, seu primo, tinha uma empresa de exportação de semente de cacau que chegou a faturar 30 milhões de dólares por ano. "Perdi tudo", conta Pinheiro, que, há seis anos, ouviu a confissão de Franco Timóteo.

"Falei para ele sumir da cidade porque seria morto", conta o primo. Para expiar sua culpa, Franco Timóteo também fez sua confissão para outro fazendeiro, Ozéas Gomes, que chegou a produzir 80.000 arrobas de cacau e empregar 1.400 funcionários – e hoje mantém ainda um padrão confortável de vida, mas emprega apenas 100 funcionários, A produção caiu para 15.000 arrobas.

"Quando ouvi a história, fiquei com muita raiva. Mas, depois, ele explicou que não tinha idéia da dimensão do que fazia…" No fim do ano passado, Franco Timóteo confessou-se ao senador César Borges, do PFL baiano e plantador de cacau. "A história dele tem muitos pontos de veracidade diante do que a gente sempre suspeitou ter acontecido", diz o senador. O governador Paulo Souto, cujos familiares perderam tudo devido à vassoura-de-bruxa, também ouviu uma confissão de Franco Timóteo. O senador e o governador, porém, decidiram ficar em silêncio, segundo eles para evitar a acusação de exploração política.

Os acusados desmentem categoricamente qualquer envolvimento na sabotagem e dizem até que nem sequer conhecem Franco Timóteo. "Nunca vi esse louco", diz Geraldo Simões, que, no governo Lula, ganhou a presidência da Companhia das Docas da Bahia, da qual se afastou agora para concorrer a deputado federal pelo PT. "Essa história toda é fantasiosa", diz Eliezer Correia, que continua cuidando de cacau e hoje é chefe de planejamento da Ceplac, em Itabuna.

"É um absurdo", diz Wellington Duarte, que, no atual governo, foi promovido a um dos chefões da Ceplac em Brasília. Everaldo Anunciação, que foi nomeado para o cargo de vice-diretor da Ceplac, diz que não liga o nome à pessoa. Jonas Nascimento – demitido a bem do serviço público na década de 90, voltou numa função comissionada, em 2003, no Centro de Extensão da Ceplac em Itabuna – é o único que admite conhecer Franco Timóteo, mas nega a história.

Talvez seja o único a contar um pedaço da verdade. Ouvido por VEJA, o publicitário Ithamar Reis Duarte, ex-secretário de Meio Ambiente na gestão do petista Geraldo Simões, conta que essa turma toda – Franco Timóteo e os petistas – é de velhos conhecidos. "Era um grupo que se reunia sempre para planejar ações", diz ele, que participou de alguns encontros. "Fazíamos reuniões até no meu escritório. Se alguém negar isso, estará mentindo".

sexta-feira, 12 de abril de 2019

VIDAS SECAS e... safadas


VIDAS SECAS E SAFADAS
j.Torquato

SENTEI A MESA DO CAFÉ FUMEGANTE E ESPIRREI
DANCEI NA PISTA ROLANTE, BALOUÇANTE, ARROTEI.
PASSEI PELA MÁQUINA FOTOGRÁFICA, ARREGANHEI AS GENGIVAS.
COMO TODO TOLO,  DORMI SONO SOLTO, SEM CULPAS.
RONQUEI.
ESBRANQUIÇÍ MEUS CABELOS E ENRAIVEI MINHA BARBA, SOLUCEI, PENTEEI.
E PELA VIDA VALSEI UM TANGO DE RUMBA E UM CHORO ENCARNADO.
VÍTIMAS DE TERREMOTO DERRUBANDO O SOLO DO RIO DE JANEIRO.
ABRACEI ÁRVORES PODADAS,  CHOREI TRONCOS PODRES VIVIDOS, ESQUECIDOS.
PISEI FOLHAS SECAS, QUEBRADAS SOB UM ALQUEBRADO CORPO JUVENIL DA TERCEIRA IDADE.
ME CURVEI
VI PARA ASSISTIR DE CAMAROTE, ME DEBRUCEI, PEIDEI.
E NO ABISMO DA VIDA ME LANCEI, SEM GRITO, SÓ UM CANTAR.
PARA ALVOROÇAR PÁSSAROS NOTURNO E URUBUS DIURNOS.
NA LAMA MACIA E GOSTOSA ME JOGUEI E FIQUEI A OLHAR.
LÁ EM CIMA AS NUVENS FAZIAM UM LENÇOL PARA A LUA SE DEITAR.
E A LUA SAFADA, ME VIU E UM RAIO ME LANÇOU, BRILHANDO NA MINHA LAMA.
MINHA CAMA.
PARA ACORDAR PRECISO DE UMA CACHAÇA.
E NUNCA MAIS TER DE ACORDAR.



A CRIANÇA E O HOMEM DA CESTA

A CRIANÇA E O HOMEM DA CESTA
J.Torquato
Um adulto reconfigurado
E em perfeito estado foi então.
Colocado em uma cesta de vime e preparado.
E num rio despachado, pela avó da mãe.
E profeta ela profetizou, será um dia
Recolhido pela esposa do Faraó ou da Shuméria mulher
E povos libertarás, assim pensou num dia qualquer.
Recolhido foi, criado na elite tornado novo.
E o homem da cesta virou criança, e lutou pelo seu povo
Da escravidão suicida do normalismo
Ser ou não ser já não era anormal, lutar era sair e ir
Espada no, lugar do controle remoto, ele gritou:
Independência ou sorte na morte.
Todos juntos vamos prá frente do campo dos lírios
Ver a humanidade do sofá, brigar feito gente. Com
O homem que é criança da cesta de vime.
Que energizou um povo, tocou a flauta, levitou o abismo.
E desmaterializou a si e a norma vigente.
E fez do sonho do povo, realidade.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

PARABÉNS PARA VOCÊ

PARABÉNS PARA VOCÊ.
j.Torquato

ESTÁ CHEGANDO MAIO, O MÊS DAS NOIVAS, DAS FLORES, DAS MARIAS, DAS MANIAS.
ESTÁ CHEGANDO A NOVENA E TREZENA, OS MANTRAS DAS MULHERES EM PROCISSÕES SOLITÁRIAS, SANTAS QUE SÃO LEVADAS DE CASA EM CASA.
ESTÁ CHEGANDO MÊS FEMININO, O MÊS DAS MÃES E DA MINHA MÃE, O MÊS DAS MULHERES QUE DETÉM O PODER IMENSURÁVEL DO AMOR  INCONDICIONAL.
ESTÁ CHEGANDO O MÊS DA VERDADE DA VIDA MINHA, MAIS UM ANO PERTO DO FIM.
SÓ NA REFLEXÃO FAZEMOS AVALIAÇÕES.
O PARABÉNS PARA VOCÊ.
NÃO TEM MAIS CONTEÚDO, SE ERA ALEGRIA E FELICIDADE DE MOMENTO, PASSARAM, OS PARABÉNS PARECEM UMA GARGALHADA DO MUNDO PARA SEU FIM.
AGORA NÃO TEM MAIS PARABÉNS QUANDO SE COMEÇA A ENXERGAR QUE:
EM VEZ DE HORIZONTE TEMOS ABISMOS.
NO QUADRO DE TEU FUTURO JAZ URUBUS NOS CÉUS E NÃO MAIS PÁSSAROS COLORIDOS E CANTANTES.
E AS FLORES PARECEM PEDÁGIO PAGO NO CAMINHO COM FIM.
SIMBOLIZANDO NÃO MAIS A VIDA, MAS A PÓS-MORTE.
E MAIO SE TRANSFORMA NUMA MOLDURA DE LINDAS E QUERIDAS MULHERES, RODEADAS DE LINDOS PÁSSAROS, GATOS E FLORES, E POR MAIS ANTI POLÍTICO, MAIO É O AVENTAL TODO SUJO DE OVO, CAFÉ QUENTE, FUMAÇA E PAIXÃO.
MAS SERÁ PARA MIM SÓ UM QUADRO AMARELADO PELO MEU TEMPO CÁ NESTA TERRA.
Torquato
Enviado por Torquato em 11/04/2019
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sexta-feira, 5 de abril de 2019

inocencia perdida no terço

INOCÊNCIA PERDIDA NO TERÇO




"BRASIL BRASILEIRO VEIO NADANDO ATRAS DAS NAUS DE CABRAL.
COM A EUROPA NÃO VEIO UM ASTRO,
 NEM UMA LUA.
VEIO A SABEDORIA CANALHA, O CINISMO, A CORRUPÇÃO EUROPÉIA.

NA TROMBADA DE CIVILIZAÇÕES, GANHOU O MAL, QUE ENCAROU A INOCÊNCIA E A INGENUIDADE,
E
APRISIONOU A LIBERDADE ENTRE TERÇOS" J.Torquato
Torquato
Enviado por Torquato em 05/04/2019
Código do texto: T6615907
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