Nesta semana toda ouviu-se e leu-se muito a respeito de um menino de dois anos de idade, que foi barbaramente torturado com agulhas espetadas em seu corpo em um suposto ritual de magia negra, na Bahia.
Não há dúvidas que é um crime hediondo, um crime contra a humanidade.
A mídia cumpriu seu papel em denunciar o fato, porém errou ao demonstrar seu total desconhecimento pelas seitas e religiões que fazem parte da composição do povo brasileiro. Alguns repórteres totalmente despreparados para a função foram afirmando categoricamente, que o fato aconteceu devido aos envolvidos participarem de religiões afro-brasileiras, demonstrando além de ignorância, preconceito e burrice explícita, incluindo falta de cultura popular.
Participar de uma religião afro não significa fazer parte de magia negra é preciso informar-se melhor antes de colocar uma matéria no ar, a liberdade de culto é garantida pela Constituição Federal, portanto todos seguem aquela que lhe der mais prazer, mais proximidade com o Divino e não cabe a ninguém rotular nenhuma e nem fazer pré-julgamentos.
Mídia que denuncia mas é preconceituosa, nada acrescenta. Fomenta ódios desnecessários, distancia.
A função da mídia é informar, levar a informação com isenção e imparcialidade. Nada adianta contar um fato à população de maioria católica sobre um crime monstruoso como este, evidenciando suposições. Suposições, desinformação, são o caminho mais curto para o preconceito e a discriminação. Muitas guerras ditas "santas" inciaram-se desta maneira.
A mídia deve somar, nunca dividir, ousar, mas com responsabilidade, informar com idoneidade, somente assim educa-se seu povo e constrói uma nação.
Espero sinceramente que a mídia em geral atente-se para este detalhe e o corrija e que os jornalistas preocupem-se em serem mais humanos, menos especuladores e preguiçosos, pesquisem, verifiquem mil vezes se necessário suas fontes, um bom jornalismo deve ser constuído na Verdade, Responsabilidade, Preparo.
POR: Ivete Depelegrim Ribeiro - Estudante de Comunicação Social - Jornalismo.
sábado, 19 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
O PAÍS DA CORRUPÇÃO É O PAIS DO CARNAVAL E INFELIZMENTE DA MÍDIA COMPRADA
Jorge Amado, escritor baiano, deputado cassado pela ditadura, escreveu O País do Carnaval, onde ele faz uma leitura crítica da Sociedade da época (1931), mas que ao lermos o livro nos deparamos com nossa atual conjuntura e porque não dizer, um pouco pior.
No livro o escritor demonstra a realidade de pessoas vazias, sem futuro e que apenas pensam no carnaval para esquecer seus problemas. Em 1931 os meios de comunicação não eram massivos no Brasil, apenas algumas rádios funcionavam, o que é diferente na atualidade, hoje a televisão está presente em quase todos os lares brasileiros.
Surge agora mais um escândalo político, desvio de dinheiro público, dinheiro na meia e na (outra vez?) cueca, enriquecimento ilícito por parte de quem foi eleito para governar em nome do povo.
Mas e a mídia??? Onde está a mídia???
Divulgando algumas notas, dizendo-se imparcial, mas totalmente parcial a favor do seu interesse privado, cumprindo com exatidão a sua agenda e desviando o foco da verdade. Ela não aponta, não comenta, não investiga, não arrisca suas conquistas. Está certa. Afinal, por que arriscar a amizade do "cumpadi" que permitiu que ela funcionasse???
Ao povo é melhor dar o "pão e circo" ou seja, carnaval, futebol, Copa do Mundo, Olimpíada, amor bandido na novela do horário nobre, incentivar patéticamente meninas a serem fantásticas na programação de domingo falando "a garota do hot dog (out door) precisa ajudar a família." Por que não incentivam estas meninas a participarem de um programa destes valendo uma bolsa de estudos integral em uma boa Universidade??? Simples... para que??? ao país serve muito mais meninas como estas falando o português errado e criticando apenas o cabelo da rival, esta nunca ameaçará a ninguém do poder. Perfeito!!! a hegemonia, o monopólio da mídia e seu neo coronelismo midiático estarão a salvo e haverão de permanecer.
Churchill estava certo: definitivamente este não é um país sério. É o país da corrupção, dos ladrões sempre impunes do dinheiro público, dos traficantes que financiam os governos, das intermináveis filas nos postos de saúde e hospitais, das crianças sem escola, do trabalhador sem segurança pública decente, da mídia comprada que pouco de bom acrescenta ao crescimento humano, mantendo-o vazio e sem futuro, bem igual ao conteúdo do livro de Jorge Amado, buscando esperança no carnaval, futebol, o enriquecimento fácil no aqui e agora sem esforço, não tendo senso crítico para avaliar nem ao menos o que é um amor bandido e suas conseqüências.
O povo precisa sim mudar, os governos também, mas sem dúvidas, a mídia precisa de mudanças que façam dela um instumento de Educação Social e não de incentivo à bandidagem seja do traficante ou do sujeito que esconde dinheiro na cueca.
POR: Ivete Depelegrim Ribeiro - Estudante de Comunicação Social - Jornalismo - UNOESC-JBA.
No livro o escritor demonstra a realidade de pessoas vazias, sem futuro e que apenas pensam no carnaval para esquecer seus problemas. Em 1931 os meios de comunicação não eram massivos no Brasil, apenas algumas rádios funcionavam, o que é diferente na atualidade, hoje a televisão está presente em quase todos os lares brasileiros.
Surge agora mais um escândalo político, desvio de dinheiro público, dinheiro na meia e na (outra vez?) cueca, enriquecimento ilícito por parte de quem foi eleito para governar em nome do povo.
Mas e a mídia??? Onde está a mídia???
Divulgando algumas notas, dizendo-se imparcial, mas totalmente parcial a favor do seu interesse privado, cumprindo com exatidão a sua agenda e desviando o foco da verdade. Ela não aponta, não comenta, não investiga, não arrisca suas conquistas. Está certa. Afinal, por que arriscar a amizade do "cumpadi" que permitiu que ela funcionasse???
Ao povo é melhor dar o "pão e circo" ou seja, carnaval, futebol, Copa do Mundo, Olimpíada, amor bandido na novela do horário nobre, incentivar patéticamente meninas a serem fantásticas na programação de domingo falando "a garota do hot dog (out door) precisa ajudar a família." Por que não incentivam estas meninas a participarem de um programa destes valendo uma bolsa de estudos integral em uma boa Universidade??? Simples... para que??? ao país serve muito mais meninas como estas falando o português errado e criticando apenas o cabelo da rival, esta nunca ameaçará a ninguém do poder. Perfeito!!! a hegemonia, o monopólio da mídia e seu neo coronelismo midiático estarão a salvo e haverão de permanecer.
Churchill estava certo: definitivamente este não é um país sério. É o país da corrupção, dos ladrões sempre impunes do dinheiro público, dos traficantes que financiam os governos, das intermináveis filas nos postos de saúde e hospitais, das crianças sem escola, do trabalhador sem segurança pública decente, da mídia comprada que pouco de bom acrescenta ao crescimento humano, mantendo-o vazio e sem futuro, bem igual ao conteúdo do livro de Jorge Amado, buscando esperança no carnaval, futebol, o enriquecimento fácil no aqui e agora sem esforço, não tendo senso crítico para avaliar nem ao menos o que é um amor bandido e suas conseqüências.
O povo precisa sim mudar, os governos também, mas sem dúvidas, a mídia precisa de mudanças que façam dela um instumento de Educação Social e não de incentivo à bandidagem seja do traficante ou do sujeito que esconde dinheiro na cueca.
POR: Ivete Depelegrim Ribeiro - Estudante de Comunicação Social - Jornalismo - UNOESC-JBA.
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